sábado, 29 de outubro de 2016

Fauna brasileira

Olá.

Para aqueles que, como eu têm o trekking e o montanhismo como atividade sabem que a caminhada por biomas diferentes oferecem experiências muito prazerosas. Entre elas está a observação da vida à sua volta. Da exuberância da mata atlântica e das áreas de mangue, da riqueza escondida dos campos de altitude com suas espécies típicas, a flora e a fauna nos encantam.

Conhecer essas espécies nos faz compreender a sua importância no equilíbrio ecológico, na preservação do bioma e como podemos ser atingidos mesmo estando nas cidades. Por exemplo, o estudo da vida e do comportamento dos pequenos anfíbios como pererecas e pequenos sapos, nos ajuda a entender a sua importância no controle de pragas e doenças que nos afetam, pois eles são predadores de vetores que são hospedeiros que as transmitem; além disso, diversos desses anfíbios produzem toxinas para a sua defesa que são estudadas por diversos laboratórios bioquímicos, que a partir disso desenvolvem medicamentos. 

Porém, mesmo nas Unidades de Conservação e Parques Nacionais encontramos espécies que correm o risco de extinção, o quê poderia causar forte impacto em toda a Biologia. Conhecer essas espécies e saber como preservá-las é de suma importância para todo aquele que aprecia o contato com a natureza, pois passa a ser um agente de multiplicação dessas informações.

Visitando o Parque Nacional da Floresta de Passa Quatro soube através de um monitor sobre o "Atlas da fauna brasileira ameaçada de extinção em unidades de conservação federais" organizado pelos pesquisadores e Analistas Ambientais Jorge Luiz do Nascimento e Ivan Braga Campos com a ajuda de mais de cem outros pesquisadores colaboradores. O livro pode ser baixado pela internet. Deixarei o link a seguir.

Sobre a minha visita ao Parque Nacional da Floresta de Passa Quatro farei outra postagem relatando cada detalhe desse belo parque, que fica muito próximo daqui de Cruzeiro.

Por enquanto, delicie-se com o ATLAS DA FAUNA BRASILEIRA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS.



http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/documentos/Atlas-ICMBio-web.pdf   






Até breve!
Waldir Barros




sábado, 8 de outubro de 2016

Parques interessantes para você visitar.

Olá.

Pelo país a fora há diversos Parques que convidam os praticantes de trekking a visitá-los. Morador do Vale do Paraíba, estou cercado por duas belas serras: Serra da Mantiqueira e Serra do Mar. Em ambas há 3 parques que são verdadeiras jóias, além de outros dois no litoral mais próximo.
A Serra do Mar abrange também a Serra da Bocaina onde predomina a mata atlântica com suas exuberantes flora e fauna, permitindo a observação de espécies tão diversas e interessantes.


 Entre os Parques dessa Serra estão o Parque Nacional da Bocaina (http://www.icmbio.gov.br/parnaserradabocaina/)  localizado no município de São José do Barreiro.

 Parque Estadual da Ilha Anchieta, que protege a segunda maior ilha do Estado de São Paulo (http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-ilha-anchieta/).

Parque Estadual da Ilha Bela, que um parque-arquipélago e protege 12 ilhas, 3 ilhotas, 3 lajes e 1 banco de areia (http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-ilhabela/).

Parque Estadual da Serra do Mar, englobando todo o litoral paulista (http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/) e envolvendo 25 municípios.

Na Serra da Mantiqueira temos o Parque Nacional de Itatiaia (http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/) que possui portarias na parte baixa (Itatiaia) e na parte alta (Itamonte).

O Parque Estadual de Campos do Jordão é conhecido como Horto Florestal de Campos do Jordão e possui 6 trilhas devidamente demarcadas com distâncias entre 250 m e 8500 m, com diversos graus de dificuldade. Recomendável para crianças e pessoas com pouca experiência, mas que vale a pena a visita pela sua beleza  (http://www.ambiente.sp.gov.br/parque-campos-do-jordao/).  


Já visitei todos eles, uma vez que a logística me facilita por eu ser morador de suas proximidades. 


Até a próxima !
Waldir Barros







sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Morro do Couto - Parque Nacional do Itatiaia.

Olá.

Semana passada estivemos novamente no Parque Nacional do Itatiaia, percorrendo dessa vez a trilha do Morro do Couto, que é a primeira elevação que se alcança a partir da portaria (Posto do Marcão).Com 2.680m de altitude, é o segundo ponto culminante do Parque (o primeiro é o Pico das Agulhas Negras com 2.790m) e o nono do Brasil. O trajeto é tranquilo e pode ser percorrido em duas horas com facilidade e oferece belo visual da Serra Fina, Vale do Paraíba e de outros pontos do Parque.

A trilha começa bem ao lado do estacionamento, o quê facilita para aqueles que tem pouca experiência nessa atividade. Uma pequena via pavimentada começa a subida leve e segue assim por uns 300m até o início da trilha propriamente dita, devidamente sinalizada, que segue à direita por terreno em terra e pedregoso. Nesse ponto o altímetro acusava 2.500m. Dali já se avista o Morro do Couto a frente e a Pedra do Altar, Asa de Hermes e o Pico das Agulhas Negras à esquerda. Com poucos pontos de dificuldade, essa via nos leva até o início da subida mais íngreme, através das pedras, já na base do Morro.

Pelo caminho encontra-se vegetação típica de campos de altitude e com alguma sorte podemos nos deparar com o símbolo do Parque Nacional do Itatiaia, o sapinho flamenguinho (Melanophryniscus moreirae), ou sapinho Pingo de Ouro (Brachycephalus ephippium).    Dessa vez não dei essa sorte, apesar de ficar atento à suas presenças. Já os encontrei em outras ocasiões. Mas já havíamos sido recepcionados pelos Tico-Tico (Zonotrichia capensis), que costumam se aproximar bastante dos visitantes, apesar de arisco. Vou deixar o link para você ouvir o canto dessa linda ave.


http://www.aultimaarcadenoe.com.br/wp-content/uploads/2011/06/Zonotrichia-capensis-PNItatiaiaRJ-BR-8-1-14-ASilveira.mp3



Pela subida há vários locais com belos mirantes de onde se pode observar o Vale do Paraíba e valem para se obter fotos interessantes. Quando se chega ao paredão encontramos a via de escalada Luiz Fernando e aqueles que dominam a técnica e estão devidamente equipados podem seguir verticalmente até a laje. Reles mortais como eu devem seguir pela trilha, caminhando e aproveitando a paisagem. O maciço é composto por nefelina sienito, um tipo de rocha que se parece com granito, mas é uma intrusão de rocha alcalina e que se cristalizou no Período Cretáceo (aproximadamente 70 milhões de anos). Todo o maciço do Itatiaia é composto por esse mineral, uma intrusão relativamente rara, e é o segundo do mundo a apresentar esse tipo de rocha, perdendo apenas para Península Kola, que abrange os países Escandinavos. Portanto, curta muito o terreno pelo qual você estará caminhando.  

Até a laje do Morro do Couto, o  percurso todo tem aproximadamente 1.200m e chegando à laje você poderá observar ainda mais as características da rocha. Pela ação da chuva e do vento, formam-se erosões por esfoliação esferoidal muito bonitas. Além disso, todo o Vale do Paraíba se abre à sua frente. Do outro lado do Vale, a Serra da Bocaina se esparrama lindamente. Observando com atenção, se consegue avistar a Pedra do Frade ao longe.

Da laje se pode acessar o Pico do Couto, ponto culminante da trilha. A subida se dá através das pedras, por "escalaminhada", sem necessidade de conhecimento técnico ou equipamentos de segurança, porém com atenção. Tem medo de altura ?   
Não se preocupe...respire fundo e vá em frente...digo, morro acima, pois o visual compensará.
Caso você queira prosseguir dali a travessia do Circuito Couto-Prateleiras há placa indicativa da trilha. Dessa vez não pude completar essa travessia, mas a farei em breve e postarei aqui.

                                                           O Comitê de recepção...


Tico-Tico (Zonotrichia capensis)



                                                               Iniciando  a  subida...





Início  da  trilha...













Paisagem vista da subida



                                 Serra Fina                                       



Pico das Agulhas Negras visto da trilha.

Asa de Hermes - formação rochosa ao lado do Pico das Agulhas Negras



Início  da  subida  pela  rocha  


                                                            Grampo da Via Luiz Fernando




Vista  da  laje  do  Morro  do  Couto

                                           Serra  da  Bocaina  -  Pedra  do  Frade  ao  fundo


                                                                   Pico  do  Couto


                                                                  Pico  do  Couto


                                                                 Vale  do  Paraíba


Cruzeiro vista do alto do Morro do Couto





Represa do Funil. Ao fundo a Serra da Bocaina



Até a próxima.
Waldir Barros
















sábado, 27 de agosto de 2016

Percorrendo os arredores de Cruzeiro

Olá.


Sempre que possível gosto de juntar as "traia" e seguir para algum ponto das serras da região para percorrer as trilhas. Na semana passada tive que abortar o plano de realizar um percurso dentro do Parque Nacional do Itatiaia em função do mau tempo. Mas o farei em algumas semanas e postarei aqui.

Percorrer trilhas exige algum preparo físico, ainda que ela seja de baixo grau de dificuldade e não muito extensa, e é adequado que você pratique alguma atividade física com regularidade, pois isso lhe dará condições de realizar essa a jornada com menos esforço e mais prazer. Mas é importante também que você habitue seu corpo e sua mente à atividade principal: caminhar longas distâncias.

E para isso tenho uma dica importante: coloque um pé á frente do outro, assim...de forma natural, e vá embora. Pode fazer isso em um parque na sua cidade, na pista de atletismo e até pelas ruas mesmo. No intervalo entre uma jornada e outra, eu gosto de percorrer pequenas trilhas pelos arredores de Cruzeiro, só para manter o corpo ativo e criar propriocepção pelo movimento em ambientes diferentes, além de manter contato com a natureza, esse presente Divino.  

Algumas semanas atrás eu e Lucimara, minha esposa e companheira de vida (e também de trekking) caminhamos por um trecho na cidade de Lavrinhas, percorrendo parte da trilha que dá acesso ao famoso Poço Azul. Apesar de muitas pessoas seguirem por esse caminho, trata-se de área particular e como não conseguimos conversar com o proprietário, preferimos percorrer apenas parte da trilha, evitando algum eventual mau entendido. No caminho, nos deparamos com algum lixo (latas de refrigerante e cerveja, embalagens de salgadinhos) deixado por outras pessoas e os recolhemos para dar a destinação correta depois. Uma pena que alguns ainda não tenham despertado a consciência para esse fato. Faz parte !

























O trecho é bonito e oferece boas condições de treino por apresentar várias subidas longas e pontos de travessia em terreno bem irregular, além de belas paisagens com vistas para a Serra da Mantiqueira e da cidade de Cruzeiro.

Importante é condicionar corpo e mente, apreciar a natureza e desenvolver seu auto-conhecimento para adquirir confiança para enfrentar outras jornadas.  


Até a próxima !
Waldir Barros